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Tá entediado ou só colecionando boleto de streaming?

Alexia DinizAlexia Diniz
24 de junho de 2025•5 min leitura
Planejamento Financeiro

Outro dia, fui visitar minha prima no interior. Quando cheguei, ela tava no sofá, olhando pro nada, com o controle remoto na mão passeando pelos streamings e a cara de quem já viu tudo e não gostou de nada. “Tem mil opções e nada que preste pra assistir”, resmungou. Curiosa, perguntei quantos streamings ela tinha em casa.

“Ah, tem Netflix, Prime, HBO, Disney, Globoplay…”, começou a listar. E foi aí que eu parei de prestar atenção no tédio dela e comecei a fazer conta mental.

Na sétima plataforma citada, meu cérebro já tinha travado. Quando somei tudo, a conclusão foi: ela paga mais de R$200 por mês só pra continuar reclamando que “não tem nada bom”.

E foi aí que a ficha caiu: será que a gente está mesmo pagando por entretenimento, ou só acumulando boletos digitais com o nome de série?

Quanto custa essa brincadeira de assistir “nada”?

Você pode até pensar que tá gastando pouco: R$19,90 aqui, R$33,90 ali… Mas no fechamento do mês, o buraco é fundo. Streaming virou quase item de sobrevivência: tá na mesma categoria do Wi-Fi, papel higiênico e, se duvidar, até do remedinho pra ansiedade.

De acordo com pesquisas, 79% dos brasileiros já encaixam serviços de streaming no orçamento fixo. Em alguns casos, essas assinaturas chegam a consumir 15% do salário mínimo. Sim, só pra poder ter “opção” na hora de escolher o que assistir, e acabar vendo sempre a mesma coisa.

Os serviços de streaming mais populares (e o rombo que causam)

Individualmente, eles parecem inofensivos. Mas junta aquele medo de perder a nova temporada, a série da moda ou a novela da Globo e pronto: a carteira sofre.

Olha só a soma dos principais serviços:

  • Netflix (Plano Padrão): R$ 44,90
  • Prime Video: R$ 19,90
  • HBO Max: R$ 29,90
  • Globoplay: R$ 39,90
  • Apple TV+: R$ 21,90
  • Disney+: R$ 43,90
  • Spotify: R$ 16,90
  • YouTube Premium: R$ 16,90

Total: R$ 239,20 por mês.
Ou seja: mesmo sem assistir tudo, muita gente tá pagando por tudo, só pra garantir que “tem”.

Streaming barato? Só no nome

O Prime Video ainda é considerado um dos mais econômicos (R$19,90), mas quem já usou sabe: dentro dele tem conteúdo pago à parte: como Paramount+, Telecine e HBO Max, além de filmes que exigem compra ou aluguel adicional.

Do outro lado, a Netflix cobra até R$59,90 no plano mais completo, e já não permite mais dividir conta com quem mora em outra casa. Identificou outro endereço? Bloqueia. Simples assim. E claro: tudo isso tem um motivo. Mais grana entrando.

A pergunta que fica é: a gente tá mesmo pagando pra ver série, ou só pela sensação de “estar por dentro”?

Dá pra ver streaming de graça? Dá. Mas…

Se a grana apertar, tem sim alternativas gratuitas. A Pluto TV, por exemplo, oferece filmes, séries e até canais ao vivo sem mensalidade. Mas, claro, tem anúncios. E o catálogo é bem mais modesto, não espere os últimos lançamentos do cinema.

Ainda assim, entre isso e entrar no cheque especial por causa da quinta assinatura esquecida, talvez seja melhor se contentar com um documentário independente.

E os testes grátis?

Esses testes são a porta de entrada de muita gente. Normalmente, oferecem 7 ou 30 dias gratuitos, e depois viram assinatura automática. Muita gente esquece de cancelar e… tchau, orçamento.

Um truque útil pra quem usa iPhone: dá pra ativar o teste, cancelar imediatamente, e continuar aproveitando o período gratuito até o fim. Assim, evita surpresas na fatura.

Basta ir em Ajustes > ID Apple > Assinaturas, localizar o serviço e cancelar por ali mesmo.

O que pesa mais: o streaming ou a conta de luz?

Parece brincadeira, mas tem casa onde o total das assinaturas de streaming é maior do que a fatura da CEMIG. Junta Spotify + Disney+, e pronto: lá se foram R$100.

De acordo com a Forbes, aquilo que surgiu como distração na pandemia virou despesa fixa. O brasileiro até tem medo de boleto, mas o pânico de perder o episódio novo da série que todo mundo comenta é maior.

TV por assinatura ainda é vilã?

Por anos, ouvimos que streaming era mais barato que TV a cabo. E era, lá em 2015, com uma única assinatura. Hoje, com meia dúzia de apps no celular, a economia virou ilusão.

Ou seja, somando os streamings mais populares, você pode desembolsar quase 15% do salário mínimo. Enquanto isso, um pacote médio de TV por assinatura custa entre R$100 e R$150.

E tem mais: na TV a cabo você zapeava sem pensar. Agora, são 30 minutos escolhendo o que ver… pra dormir nos 10 primeiros.

Tá no comando ou só clicando em “Assinar”?

Streaming é tipo salgadinho: começa com um só, mas quando vê, já assinou cinco. O problema não é o conteúdo, é o impulso.

Esses serviços, junto com apps de delivery e transporte, são os novos vilões invisíveis do orçamento. Vão comendo seu dinheiro aos poucos, sem você perceber.

Quer fugir dessa armadilha? Aqui vão algumas dicas práticas:

  • Faça um levantamento: o que você realmente assiste?
  • Revezamento funciona: assina um, maratona, cancela e vai pro próximo.
  • Divida senhas (com moderação): se o plano permite, por que pagar sozinho?

Conclusão: o problema não é o streaming, é o exagero

Assinar streaming não é errado. O problema é acumular mais do que consegue consumir, sem nem perceber o impacto disso nas finanças. Ou seja, é como se entupir de chocolate e depois se assustar com o número na balança. Assinar tudo não te dá mais tempo livre, só mais boletos.

Talvez o plot twist da sua vida financeira esteja aí, escondido entre uma mensalidade esquecida e um catálogo que você nem explora. Então, spoiler do próximo episódio? Economizar. E dormir em paz, sem pensar no próximo débito automático.

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