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Pessoa usando notebook em uma mesa, enquanto um celular em tripé grava sua atividade, representando trabalho remoto e criação de conteúdo digital.

No Tiktok, até o salário vira trend

Isabel GonçalvesIsabel Gonçalves
9 de outubro de 2025•5 min leitura
Planejamento Financeiro

Faça um exercício, você sabe da vida financeira de quantos amigos seus? Além disso, sabe o quanto eles ganham? Ademais, o que eles fazem com o dinheiro? Eles têm quantos reais em investimentos? Agora reflita o contrário: você ficaria confortável compartilhando essas informações para os seus amigos? E na internet? 

Aposto que não. Mas e se eu te contar que tem gente compartilhando todos os centavos ganhos e gastos nas redes sociais? É nesse cenário que a #paydayroutine ganhou força no Tiktok, transformando o simples ato de organizar o dinheiro em conteúdo viral. E ainda por cima levantando debates sobre consumo, desigualdade e educação financeira.

Como a organização do salário mudou com o tempo?

Se no passado o processo era manual e trabalhoso, por outro lado, hoje é instantâneo. Além disso, o que antes exigia fila no banco ou guardar dinheiro no colchão e separar as contas em envelope, evoluiu para a planilha escrita no caderninho de contas.  

Hoje, virou planilha online e aplicativo conectado com as contas digitais. E agora, todo o processo ganhou um novo passo: gravar toda a planilha, abrir o jogo dos valores e postar. 

Sendo assim, o ato de planejar o orçamento passou a ser também uma forma de gerar engajamento. É um novo jeito de falar de finanças, mais rápido, visual e compartilhável.

O que é a #paydayroutine?

Mais do que mostrar extratos, a hashtag, portanto, traduz um movimento cultural. Em poucos segundos de vídeo, com música de fundo calminha e capturas de tela, jovens conseguem, assim, transmitir o que especialistas em finanças pessoais tentam ensinar há anos: planejar e monitorar gastos é fundamental para alcançar tranquilidade financeira.


Mas a discussão vai além da técnica ou do modo como é feito. O salário é também símbolo de reconhecimento, estabilidade e até identidade. Para muitos, expor esse número não é apenas processo, mas também um gesto de afirmação.

Compartilhar o salário é transparência ou exposição excessiva?

A gente tem essa ideia de que o valor do salário e dos gastos é informação exclusiva para o gerente do banco, consultor financeiro e, no máximo, um amigo muito próximo. Mas essa história está mudando. O que antes guardavam a sete chaves, hoje exibem como espetáculo nas redes sociais.

A grande verdade é que a maioria das pessoas ainda trata salário como informação privada. No Brasil, ensinaram-nos a não falar sobre finanças porque consideram, de certa forma, um assunto sujo. Tanto é que quando a gente está sem dinheiro fala: “tô limpo”. 

Por que o salário ainda é um tabu?

Mas porque isso acontece? Desde crianças, ensinaram-nos que não era elegante perguntar quanto alguém ganha. E muitos ainda acreditam que expor números gera inveja, competição ou até conflitos.

Essa cultura de silêncio não é por acaso. No Brasil, a desigualdade salarial é marcante e, por muito tempo, falar de dinheiro era visto como uma forma de “medir valor” das pessoas.

Mas a verdade é que revelar quanto se ganha e como se gasta pode sim ser positivo. Ajuda a reduzir desigualdades e incentiva conversas sobre valorização profissional. Afinal, quem nunca viu duas pessoas que exercem a mesma função recebendo salários completamente diferentes. E por fim, traz inspiração para organizar as próprias contas.

O impacto da #paydayroutine na educação financeira

Um dos maiores méritos da #paydayroutine é transformar algo que, por muito tempo, foi solitário em um processo coletivo. Antes, organizar o salário era um exercício íntimo. As pessoas registravam no caderno, na planilha ou nos apps de forma privada.

Agora, ao compartilhar esse ritual nas redes, os jovens criam uma espécie de comunidade de apoio, onde dicas, estratégias e até erros são expostos de forma leve e acessível. Esse movimento ajuda a quebrar o isolamento típico da vida financeira. 

Ao ver como outras pessoas lidam com o dinheiro, seja reservando uma parte para investimentos, seja celebrando pequenas conquistas, o objetivo é inspirar boas práticas.

O bom exemplo deixa de vir apenas dos especialistas e passa a circular no dia a dia digital, com linguagem simples e formatos curtos que falam a língua da Geração Z. Na prática, isso significa que a educação financeira deixa de ser um conteúdo distante, técnico e, muitas vezes, entediante, para se tornar parte de uma cultura de compartilhamento.

Conclusão: a #payday routine é uma tendência passageira ou caminho para mudança?

No fim das contas, a #paydayroutine pode ser encarada como mais uma moda passageira das redes sociais. Mas também pode se tornar um ponto de virada a partir do momento em que ela quebra o silêncio em torno de um tema que sempre foi tabu no Brasil: falar de dinheiro.

Se antes o salário era segredo, hoje pode ser usado como ferramenta de diálogo e até de aprendizado coletivo. O desafio é separar o espetáculo de conteúdo. E a lição que fica é que transformar a relação com o salário em um diálogo aberto ajuda a equilibrar prazer e responsabilidade e criar uma cultura de finanças pessoais mais consciente para todos.

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