
Alexia DinizAh, o romance moderno… Cheio de emojis, reels com música do Ed Sheeran e, claro, boletos. E no dia dos namorados tudo começa com um jantar chique, presente personalizado e aquele look novo só pra impressionar. Um “investimento” digno de aplausos, ou de parcelamento em 6 vezes.
O detalhe? O namoro durou menos do que o perfume. Mas o cartão de crédito… esse continuou comigo até o fim do ano. Se você também sente uma pontinha de desespero financeiro nessa época, senta que lá vem dica boa (e divertida) para sobreviver ao dia dos namorados sem quebrar o coração — e o bolso.
O dia dos namorados chega e, com ele, o impulso de provar amor em forma de presente caro, jantar com menu degustação e delivery de flores com mensagem personalizada. Mas cuidado: o que começa com um “te amo” pode terminar com um “recusado por falta de limite”.
Presentear é ótimo, mas transformar carinho em carnê é pedir pra sofrer depois. Parcelar aquele mimo pode até parecer inofensivo agora, mas e se a relação acabar antes da última parcela?
Você acha que está arrasando com um jantar de R$300, mas depois descobre que o saldo da conta te ama menos do que seu ex, triste e sem cashback.
Tem gente que acha que falar de dinheiro no relacionamento é falta de romantismo. A real? Planejar juntos é um dos maiores sinais de maturidade, e de respeito com o futuro a dois.
Pode não parecer romântico falar de grana no meio do clima de flores, chocolates e declarações. Mas acredite: dinheiro e diálogo caminham juntos em qualquer relacionamento saudável.
Você já perguntou o que a pessoa espera do dia dos namorados? Porque se um está imaginando viagem e o outro está fazendo contas pra não atrasar o aluguel, temos um problema.
Nada pior do que a sensação de ter exagerado (ou economizado demais) por não ter combinado antes. O presente vira um termômetro, injusto, do quanto você ama. Até porque, o amor não se mede em etiquetas.
Muita gente encara o famoso “rachamos 50/50” como solução justa. Mas será que é mesmo? E se um ganha o triplo do outro? E se as despesas do mês não pesam igual pra cada um?
Num relacionamento saudável, justiça não é fazer igual, é fazer proporcional. E isso vale também na hora de dividir os custos do jantar, da viagem ou até daquele presente surpresa.
Não existe fórmula mágica, mas o bom senso ajuda. Criar uma planilha conjunta ou usar um aplicativo de organização financeira pode facilitar muito esse processo.
Combinar o que será dividido (doces para o fim de semana) e o que será individual (um jogo para o PS4, por exemplo), é uma forma inteligente de manter o relacionamento leve e respeitoso.
Se vocês já dividem o sofá, o streaming e o edredom, por que não dividir também a conversa sobre dinheiro?
Os casais que estão pensando em morar juntos também precisam planejar o bolso. Não dá pra dividir teto sem dividir orçamento. Antes de juntar as escovas, é bom juntar as contas numa planilha. Falar sobre salário, estilo de vida, dívidas e metas evita sustos no futuro.
Definam juntos o que entra no orçamento compartilhado, quem paga o quê, e o que fica por conta de cada um. Amor dura mais quando tem reserva de emergência.
Montar metas realistas, definir prioridades e respeitar a individualidade é receita para relacionamento saudável, até nas crises.
Manter um grau de individualidade financeira é libertador. Evita DRs do tipo: “De novo esse tênis caro?”, “Mais maquiagem?” ou “R$200 num jogo?!”
Quando cada um tem seu dinheiro separado e suas escolhas respeitadas, o relacionamento respira melhor. Até porque, paz também vem do respeito ao jeito do outro lidar com grana, nem tudo precisa ser compartilhado, especialmente os mimos e impulsos.
Amor e grana juntos rendem ótimas histórias, e pérolas que todo mundo reconhece. Veja se você já disse ou ouviu alguma dessas:
Se identificou? É porque a vida real é mesmo mais engraçada (e cara) do que os filmes.
Será que o tempo de namoro precisa mesmo ditar o tamanho (ou o valor) do presente? Porque a pressão existe, viu, mas vamos brincar com isso?
A verdade é que amor não se mede em meses, nem em reais. Mas se for pra medir… que seja com humor.
Amor de verdade é aquele que emociona, não o que endivida. Que cabe no bolso, no coração e na rotina. E que, acima de tudo, não vem acompanhado de culpa nem de parcelas infinitas.
Se for pra gastar, que seja com consciência. Se for pra surpreender, que seja com afeto, não com ostentação. Além disso, se for pra parcelar, que seja um plano de vida a dois, não só o presente da vitrine.
No fim das contas, o melhor presente do dia dos namorados é aquele que não pesa. Porque o romantismo é lindo, sim. Mas pagar juros por ele? Aí já é um drama financeiro digno de novela das nove.